Carlos Ventura e O Verdadeiro Paraíso me fazem pensar sobre o que é arte, na essência. É o homem ou a obra? Falar de poesia, música, literatura, movimentos culturais na Bahia e não lembrar o nome de Carlos Ventura é padecer no paraíso. Um homem que ama, faz poemas até dormindo, um sonhador, boêmio por força da música que toca em bares e lares. Multifacetado, agora poliglota e quase binacional, pois internacional ele sempre foi. Este é o Carlos. Um homem que, repito sempre, incansavelmente, luta no dia a dia em prol da cultura. Será que ele pensa em si, somente? Absolutamente, não. Criou a União dos Artistas de Lauro de Freitas e milita em tantas outras agremiações, movimentos, associações, sites, blogs, encontros poéticos, saraus, teatros. A Bahia estava pequena. Agora, da Europa para o mundo, faz a invasão do Brasil ao contrário: partindo de dentro, através dos vários seguidores e milhares de fãs que aqui deixou. Pois é. Cada um dos admiradores da arte desse baiano da gema é um multiplicador, espalhador de poesia. Os poemas-músicas e as músicas-poemas de Carlos Ventura celebram o amor, o sentimento, a paixão. Mesma paixão que ele sente, como poeta, e que lhe inspira todos os dias (e noites bem dormidas). Neste verdadeiro paraíso se descobre o quanto a obra é o homem e vice-versa. Descubra você, desvende, você, pois a cada olhar uma aventura, a cada palavra um Carlos Ventura.
Valdeck Almeida de Jesus - Escritor, Poeta e Jornalista