A relevância de um Censo Demográfico para o sistema de estatísticas públicas em uma nação é indiscutível do ponto de vista de sua abrangência temática e territorial. Em contrapartida, sua complexidade e dimensão levam a desafios na garantia da qualidade de seus resultados. O presente trabalho tem por objetivo apresentar os possíveis fatores associados a erros não amostrais detectados na coleta das informações, mediante a análise de paradados e dos microdados do Censo Demográfico de 2010. Para isto, foram utilizados modelos hierárquicos generalizados na análise de divergências entre informações coletadas por recenseadores e supervisores. Os resultados apontam diferenciais nas divergências associados à estrutura de coleta dos dados, às características dos recenseadores, supervisores e informantes, bem como revelam diferenças regionais.