Os acampamentos rurais são territórios construídos em sua maioria nas margens das rodovias por trabalhadores sem terra, em que as famílias acampadas desenvolvem estreita relação com o ambiente baseada na sobrevivência local. Essa realidade transitória, que deveria assentar as famílias acampadas, está se consolidando por vários anos fazendo com que sejam criadas situações de pré-assentamentos, na qual os acampamentos estão se perpetuando por mais de 10 anos. Essa realidade instigou o presente texto que consiste em analisar como se configuram as relações socioambientais nos acampamentos rurais, utilizando-se das categorias geográficas território e lugar, uma vez que essas serviram como subsídios para traçar a identidade dos sujeitos acampados e as relações de poder estabelecidas nos acampamentos rurais. Para tanto, utilizou-se como lócus os três acampamentos rurais (Coluna Prestes, João Pedro Teixeira e Apolônio de Carvalho), em que o primeiro foi formado a mais de 14 anos em um fragmento da fazenda São João em Itaporanga D'Ajuda/SE. Deste modo, utilizou-se das três abordagens de investigação: Teórica conceitual, descritiva analítica e comparativa.